Sinopse
A diversidade de personalidades oferecidas pelo poeta Fernando Pessoa através dos seus heterónimos, permite uma leitura sobre a complexidade da sua obra e inevitavelmente do seu “EU”.
O espetáculo aventura-se numa interpretação, evidentemente particularizada; não excluindo, no entanto, a contaminação de diferentes leituras e interpretações sobre o autor e a sua obra, ortónima e heterónima, em que se procura atingir alguns dos traços mais marcantes de cada uma destas personalidades. Porém, a escolha dos textos, na íntegra ou parciais, direciona-se, de modo mais evidente, para contextos em que o corpo, o género, os afetos, a sensualidade, e a distante infância sobressaem, sem no entanto deixar de revelar outras faces de um “Eu múltiplo” - de um “Eu” que é tantos outros.
Tão Estranhamente Eu é um espetáculo que se alimenta de dramas de personagens que nascem e se definem na fonte da mais bela poesia, e dela fazem a sua linguagem, o seu modo de comunicar e de exprimir a sua humanidade; pois é no conhecimento da dimensão e profundidade humanas que o poeta criador (de tantos outros) se atinge em pleno.
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Tão Estranhamente Eu teve a sua estreia em 2011 no Teatro Rivoli. Recentemente o Aramá «estreou» uma nova versão do espetáculo, que privilegia a sua adaptação a diferentes espaços: salas de espetáculos, café-concerto, monumentos, museus, galerias, espaços ao ar livre: jardins, anfiteatros, claustros e/ou outros espaços propícios.