A farsa de Inês Pereira
de Gil Vicente
"…se êste escudeiro há-de vir,
E é homem de discrição,
Hás-te de pôr em feição,
E falar pouco, e não rir.
E mais, Inês, não muito olhar,
E muito chão o menear,
Porque te julgam por muda:
Porque moça sisuda
É uma perla para amar."
- A problemática é persistente no tempo e no espaço, nas mudanças e nas resistências, mas ...a "Inês" sabe o caminho.
Ficha artística:
Autor: Gil Vicente
Adaptação, Direção, Música e Figurinos: Tó Maia
Interpretação: Eva Fernandes, Catarina Rapazinho, Manuel A. Santos e Ana Pessoa
Cenografia: Pedro Esperança
Operação Técnica: Filipe Silva
Fotografia: André Delhaye;
Video: Serge Bochnakian
Duração: 55 min (aprox.)
Atores/ Atrizes substituídos/as:
Miguel Rimbaud, Su Maia, Inês Granja e Tó Maia
Sinopse:
A peça coloca-nos em frente do “drama” da jovem Inês Pereira, que entediada pelo seu fastidioso quotidiano e absorvida pelos sonhos e fantasias, se projeta para realização dos mesmos, num casamento com alguém que lhe proporcione uma vida mais divertida. O seu desejo contrasta com os ensinamentos e desejos da sua mãe. Esse ser idealizado (Escudeiro Brás da Mata) entra na vida de Inês, porém vai trair todas as suas expectativas ao fornecer-lhe um cárcere em vez de liberdade, não bastando ser um pretenso simulador de uma condição social que não o contempla. Ela sofre a desilusão e o engano. A sua libertação, surge após a morte desse marido, em cumprimento militar. Inês encontra junto do seu novo marido (Pero Marques, seu primeiro pretendente e rejeitado por ela) a liberdade ambicionada. Este, incapaz de tecer qualquer juízo sobre a sua mulher, permite-lhe desfrutar das suas vontades e desejos. E entra em cena o Ermitão – conhecido da protagonista desde o tempo em que ela ainda era “Inesinha”...
Outros espetáculos itinerantes
-para público escolar ou outros-
