Auto da barca do Inferno

de Gil Vicente

 
“Brizida Vaz - Peço-vo-lo de giolhos!  Cuidais que trago piolhos,  Anjo de Deus, minha rosa?  Eu sou Brízida, a preciosa,  que dava moças aos molhos,  a que criava as meninas para os cónegos da Sé.  Passai-me, por vossa fé,  meu amor, minhas boninas…

Brizida Vaz - Peço-vo-lo de giolhos!
Cuidais que trago piolhos,
Anjo de Deus, minha rosa?
Eu sou Brízida, a preciosa,
que dava moças aos molhos,
a que criava as meninas para os cónegos da Sé.
Passai-me, por vossa fé,
meu amor, minhas boninas
olhos de perlinhas finas!
E eu sou apostolada,
angelada e martelada
e fiz coisas mui divinas..."

Ficha artística:

Autor: Gil Vicente
Adaptação e Direção: Tó Maia
Cenografia: Hernâni Miranda
Interpretação: Jaime Monsanto, Eva Fernandes, , David Carvalho e Marta Rosas
Operação Técnica: Filipe Silva
Fotografia: André Delhaye
Video : Serge Bochnakian
Duração: 50 min (aprox.)

Atores/Atrizes substituídos/as:
Miguel Rimbaud, Tó Maia e Anabela Nóbrega


Sinopse:

A peça coloca em jogo os comportamentos viciados da sociedade da época fortemente vinculados aos valores morais; princípios que todas as personagens do Auto julgam ser condutores inquestionáveis. É no momento, em que já na “outra vida” buscam a recompensa da sua conduta terrena, nada menos que o paraíso, que o Diabo e o Anjo, ambos avaliadores das ações e pensamentos humanos, confrontam os trespassados com as suas vidas mergulhadas em“pecados” como a vaidade, a usura, a hipocrisia, a luxuria e outros de igual ou superior e, em escassos casos, de menor valor. O sentido crítico e irónico da peça marcam o tom e o ritmo, elementos fundamentais à criação do humor que é indissociável do carácter da obra.

Outros espetáculos itinerantes

-para público escolar ou outros-